Parques nacionais perto de capitais
Poucas capitais de estado têm um parque nacional tão perto: Rio de Janeiro (Tijuca) e Brasília são as mais privilegiadas nesse quesito, os parques nacionais estão dentro das cidades.
Aracaju (Serra de Itabaiana), Belo Horizonte (Serra do Gandarela), Boa Vista (Viruá), Curitiba (Guaricana), Cuiabá (Chapada dos Guimarães) e Manaus (Anavilhanas) são capitais que têm parques nacionais ao alcance de um bate-e-volta.
No nosso site você consegue buscar os parques nacionais próximos a grandes centros, com aeroportos próximos, entre outros filtros.
Porto Velho não é das capitais mais arborizadas e tem pouquíssimos lugares para aproveitar ao ar livre. A cidade fica de costas para o rio Madeira, que passa por aqui depois de enfrentar duas grandes barragens de hidrelétricas.
Recentemente foi reaberto o Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré onde, além do museu que conta um pouco da ocupação da Amazônia na construção de estradas de ferro e hidrelétricas, há um espaço externo com vista para o rio Madeira, raridade na cidade:
Do outro lado do rio, onde já é Amazonas, a menos de 1h30 de Porto Velho (30-45min em uma estrada asfaltada e mais 45-60min em uma estrada de terra fica o Parna do Mapinguari. Um gigante de 1,8 milhões de hectares (a Bélgica tem 3.068 hectares). Fica no bioma Amazônico, mas tem um enclave de cerrado.
O parque foi criado em 2008 e por muitos anos foi usado irregularmente pelos jipeiros em busca de lama, danificando muito a paisagem. Algumas marcas seguem até hoje e a naturezas se recupera enquanto o parque se prepara para receber visitantes: está em construção uma sede para a equipe do ICMBio e um camping para receber visitantes.
Parece que chegamos um pouco adiantados, as obras terminam em três meses (agosto de 2024). Sorte do pessoal de Porto Velho, que logo terá um reduto daqueles para visitar e aproveitar.
A lenda do Mapinguari
O que seria Mapinguari? Desde que chegamos à região norte ouvimos falar dessa lenda. Há quem diga que já viu, já ouviu, já sentiu o fedor.
Há quem diga que é o correspondente do Curupira, que defende as florestas. Em objetivo sim, mas em forma, não. O Mapinguari seria resultado de uma metamorfose de um lenhador ou caçador que destruía o meio ambiente e foi condenado a se tornar essa criatura assustadora. Outros dizem que um pajé que desvendou a imortalidade e por isso foi punido.
Ele teria um olho só, uma boca do nariz até o estômago e os pés para trás, talvez para despistar quem está na floresta. A lenda é tamanha que alguns cientistas foram procurá-lo, mas encontraram vestígios de outros animais.
Alguns acreditam que algumas preguiças gigantes, que habitavam o continente até 10-12 mil anos quando foram extintas, se refugiaram na floresta, o que teria dado origem a essa lenda.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/06/brasil/35.html
Fato que a gente liga para o nome dos parques, para a história deles, para a relação de tudo isso com a cultura e o meio ambiente.
O Cerrado na Amazônia
Caiu por terra há muitos meses a ideia que a Amazônia era uma coisa só. Tínhamos pouco interesse em conhecer este bioma, agora podemos confessar. Achávamos que seria tudo igual, uma grande floresta. E hoje podemos dizer que sobrava desconhecimento, sequer sabíamos o que não sabíamos sobre a Amazônia. Para isso serve uma expedição, que bom que viemos!
Há muita floresta sim, mas cada uma de um jeito, com flora e fauna distintas. Há também uma amplitude de altitude, qualquer serra, subida de 100 ou 200 metros faz tudo mudar.
E os rios, cada um com sua cor, história e percurso. A época cheia e a seca mostram diferentes facetas. E os Amazônidas coroam isso tudo com histórias e conhecimento, não tem como dissociar a beleza natural da que eles representam e conservam.
Nos extremos sul, norte e leste da Amazônia tem cerrado! Isso acontece no Amapá (pasme!), em Roraima (que está sendo derrubado e foi muito queimado este ano) e aqui em Rondônia / sul do Amazonas.
Visitar os campos pode ser bem fácil, é só levar uma cadeira, sentar na estrada no início ou final do dia e esperar acontecer: bichos passando, o capim nativo tomando a cor dourada. Dá para visitar a pé, de bicicleta, de dia ou à noite. Sempre será diferente.
E poder alternar tudo isso com a floresta é um presente. Outros sons, a temperatura e a paisagens.
Este parque tem de tudo um pouco, tem fácil acesso e uma possibilidade infinita de atividades, de safari até focagem noturna, isso sem contar os rios onde as trilhas ainda chegarão. Se a gente já conseguiu curtir de monte sem a infra pronta, imagina quando terminarem as obras para receber os visitantes?
No link você pode acessar o mapa por onde passamos e ver em detalhes onde fica cada localidade citada acima:
Pingback: Parque Nacional da Chapada dos Guimarães: o parque dos paredões - Entre Parques BR